Na torcida pelo parceiro Tite na reta final do Campeonato Brasileiro

Joel Cornelli e Adenor Bachi, o Tite, são antigos parceiros no mundo da bola, e nesta reta final do Campeonato Brasileiro a expectativa pelo título do Corinthians é grande também em Caxias do Sul, onde tudo começou, há mais de dez anos. "O Tite é um grande amigo, um profissional que soube suportar bem as pressões e montar uma equipe comprometida, acima de tudo", diz Joel.

"O campeonato não está ganho, apesar da vantagem na tabela. Mas a forma como a equipe conseguiu os dois últimos resultados dá a confiança que o time precisa nessa reta final. O jogo com o Figueirense pode valer o título", avalia Joel.

A parceria entre os dois já rendeu títulos e trabalhos de destaque. No ano 2000, Tite e Joel Cornelli formavam a Comissão Técnica da  Caxias, que sob comando dos dois fez um campeonato estadual surpreendente, desbancou o favorito Internacional e chegou à decisão do título contra o Grêmio. Na final, a equipe grená mostrou a força do conjunto e do trabalho técnico, superou o peso da camisa gremista e se sagrou campeão estadual pela primeira e única vez em sua história.

A repercussão do trabalho levou Tite para o Grêmio no ano seguinte, e a diretoria do Caxias apostou então na semelhança entre os dois profissionais para deixar o comando do clube à cargo de Joel . A relação entre os dois foi inclusive tema de reportagens no jornal gaúcho O Pioneiro, como ilustrado acima (clique na imagem para ampliá-la). A escolha deu certo e o trabalho de Joel Cornelli levou o clube da serra gaúcha ao quadrangular final da Série B do Brasileirão naquele ano, a um passo de conseguir a vaga na elite nacional.

Nos anos seguintes, o relacionamento e confiança na qualidade do trabalho um do outro os colocaria lado a lado em trabalhos nos principais clubes do futebol brasileiro. Juntos, Tite e Joel formaram a comissão técnica do São Caetano, em 2003, chegando ao quarto lugar no Campeonato Brasileiro; De lá seguiram para o Corinthians, onde ficaram até 2005, chegando ao quinto lugar da Série A naquele ano, e ainda ao Atlético Mineiro. Na sequência, Joel iniciou sua carreira solo como treinador, que o levaria no ano seguinte aos Emirados Árabes Unidos.